Raphael conta que foi a partir desse momento que decidiu adotar AnaFlor como filha. "Vi que ela era um amor de criança sentindo falta daquele carinho e era o que eu mais tinha para dar. Sempre tive uma boa relação com meu pai, mas ele nunca foi muito carinhoso e eu sentia falta daquilo. É um sentimento de querer proteger e dar para ela o que não tive".
Segundo o pai da menina, a adoção de AnaFlor foi inicialmente recebida com estranheza por Amanda, mas em pouco tempo a jovem foi se acostumando com a ideia. "Hoje brincamos que AnaFlor tem duas mães e um pai."
Raphael desempenha o papel com seriedade. Ele conta que faz questão de marcar presença na vida da criança em todos os momentos. "Brinco com ela todos os dias e defendo ela em todos os sentidos. Às vezes, tenho que brigar por videochamada para que ela coma. Quando ela não quer dormir, é comigo que quer falar."
Apesar de ter recebido comentários que insinuavam que ele estivesse mentindo sobre não ser pai biológico de AnaFlor, Raphael diz que se entristece, mas compreende: "Até entendo que no mundo de hoje é difícil ver alguém tomar uma atitude dessas."
O consultor confirma que pretende oficializar a paternidade da 'filha do coração', mas apenas quando ela tiver idade o suficiente para decidir. " Eu e a mãe delas conversamos e só faremos qualquer mudança no documento quando a AnaFlor tiver idade e autorizar que isso aconteça."